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inventar
As artes-manuais cumprem um papel importante na descoberta do nosso potencial criativo; criam a possibilidade de nos colocarmos em outro lugar; possuem capacidades ordenadoras, sanadoras e dão visibilidade à processos internos de seus praticantes.
As artes domésticas dos fios – crochê, tricô, bordado, costura, feltragem - implicam algo diferente em nosso pensar, sentir e querer e ao se produzir algo para si é a si mesmo que se está produzindo. Aqui o que está em questão não são os objetos e as técnicas mas sim a Vida que se vive no durante, ou seja, na duração do fazer das artes-manuais. Vida tramada nos fios e nos pontos dessas artes-manuais.
Trabalhamos com linguagens que despertam a curiosidade, o ritmo, o foco, o olhar para as histórias que nos habitam, as amizades e o respeito pelo nosso próprio corpo e nosso próprio tempo.
A RODA é utilizada como possibilidae de reunir pessoas com histórias de vida diferentes e maneiras próprias de pensar, sentir e querer, de modo que os diálogos nascidos desse encontro não obedeçam a uma mesma lógica e que possam fazer fugir a normalização dos modos de existência na sociedade atual.
As rodas de fazeres manuais coletivos permitem a [c]o[m]posição de gestos menores *, ou seja, gestos afirmativos de vida e saúde. Agregamos a esses fazeres a filosofia, a literatura, a poesia e entendemos que assim criamos lugares que abrem a possibilidade de criação de um cuidado outro, inserido num tempo-espaço povoado de intensidades. O corpo-fazedor de quem participa dessas rodas está em constante processo de contaminação e transformação e existe sempre uma aposta nas trocas, nas forças do agir e do pensar que irão implicar em um cuidado de si e do outro.
*Conceito trabalhado no último capítulo da minha Dissertação de Mestrado anexada na página CONECTAR.
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